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quinta-feira, 16 de julho de 2009

Pe. Paschoal: um teólogo com a Igreja


01-Nov-2006 No próximo dia 08 de dezembro, Pe. Paschoal Rangel completará 60 anos de vida presbiteral. Quantas experiências a contar! Alegrias, realizações, desafios e dificuldades encontradas no exercício do seu ministério. Tinha apenas 24 anos quando foi ordenado padre. Era bastante jovem, mas aprendeu do próprio fundador, Pe. Júlio Maria, que a juventude é sinônimo de ousadia, realização de projetos, conquistas e confiança em Deus

Uma figura simpática, que não deixa a abundância da idade ofuscar o bom humor, a serenidade e a alegria de ser religioso presbítero da Congregação dos Missionários Sacramentinos de N. Senhora. Essa é a primeira impressão que Padre Paschoal Rangel deixa quando alguém o procura para bater um papo, que pode ir do simples ao mais erudito assunto.

Prestes a completar 60 anos de padre, com os seus 84 anos de idade, o religioso Sacramentino costuma ainda recordar fatos importantes de sua caminhada vocacional.

Uma pessoa muito especial na vida deste religioso é Frei Geraldo, irmão propagandista do Jornal “O Lutador”, que certo dia chega à casa dos “Rangel” e pergunta a Dona Rosa Selliti mãe do pequeno Paschoal se ela conhecia alguém com vontade de ser padre. Logo Dona Rosa lembrou do entusiasmo que o Paschoalzinho demonstrava ao ler a história dos primeiros padres missionários do Brasil.

Depois de um certo tempo, Alcino de Abreu Rangel e seu filho Paschoal partem para Manhumirim com o objetivo de engrossar as fileiras da Congregação Sacramentina. Foram acolhidos pelo próprio fundador Pe. Júlio Maria De Lombaerde, que a partir daquele dia seria o responsável pelo pequeno castelense.

Na despedida, o sr. Alcino fala para o Pe. Júlio: “Toma esse dinheiro para comprar umas balas para o menino.” - Respondeu o Pe. Júlio: “Não se preocupe, quem quer ser padre não chupa balas.” Pe. Paschoal ainda lembra da vida austera que os primeiros sacramentinos levavam. Pe. Júlio Maria queria que a Congregação tirasse do seu trabalho o próprio sustento. Além de rezar e estudar, trabalhar também fazia parte da vida do Seminário de Manhumirim.

Segundo Pe. Paschoal, naquele tempo se costumava falar de carisma e espiritualidade da Congregação, mas ele começou a entender isso a partir da convivência com o Fundador. Viu sua vida se realizando na missão Sacramentina. Depois de ordenado, desempenhou várias funções na Congregação: diretor e professor do Seminário Apostólico (Manhumirim), conselheiro geral, pároco, vigário paroquial e diretor do jornal “O Lutador” (1967-2002) e fundador da Revista de teologia Atualização.

A missão deste Sacramentino se fez em grande parte através da comunicação, evangelizando, instruindo e informando pelas linhas de “O Lutador”, que em tempos passados fora o jornal mais lido do Brasil.

Ao ser perguntado sobre qual o conselho que o experiente religioso daria aos mais jovens sacramentinos e àqueles que um dia pretendem abraçar esta vida, diz: “Quanto mais o padre reza, menos deixa o sacerdócio, por isso é preciso rezar e sobretudo aprender a rezar com a Igreja.

Outra coisa que gostaria de dizer consiste na importância do estudo da teologia, cultivando o amor às leis da Igreja, vendo nelas normas de santidade. Já dizia Derrida: 'Contra o capitalismo só uma coisa: a santidade'; e León-Bloy: 'Só há uma tristeza: a de não ser santo’.”

Pe. Paschoal é exemplo de resistência, coragem e determinação. Auxiliado pela graça de Deus, acreditou em seus talentos. E hoje apesar da sua idade avançada continua lutando como o bom Lutador de Cristo e o filho espiritual do Pe. Júlio Maria. Escreve vários artigos, enfim vive a sua missão presbiteral feliz.

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